terça-feira, 29 de setembro de 2009

Manual de sobrevivência do Caloiro

Este pequeno guia contém uma explicação, em tom descontraído, dos objectivos e conteúdos das cadeiras que os caloiros enfrentarão neste primeiro semestre. Este trabalho resultou de um brainstorming dos elementos da CPMEC e não representa qualquer opinião minimamente fundamentada ou estatisticamente comprovada.

CDI-I (6.0 ECTS) - Se a engenharia fosse uma língua, esta cadeira ensinava-te o abecedário. É verdade que há palavras que não interessam para nada, mas vais ter que aprendê-las na mesma. Com muitas coisas novas e algumas nem tanto, é basicamente a continuação da Matemática do Secundário, agora com um nível de exigência bastante maior.

Álgebra (6.0 ECTS) - A matemática dos pobres. E porquê dos pobres? Porque não usa números; Letras, letras e mais letras, é disto que a Álgebra trata. Com muitos conceitos totalmente novos, os conhecimentos do secundário de nada servem para a cadeira das matrizes. Requer acompanhamento constante.

Computação e Programação (6.0 ECTS) - Se pensavas que a Informática se resumia a mexer no Word e a jogar online, vais descobrir que tens andado redondamento enganado. Esta cadeira vai mostrar-te um admirável mundo novo, que irás visitar várias vezes, se, como muitos dos teus colegas mais velhos, chumbares vezes sem conta. Arrays, cin's e cout's vão passar a constar do teu vocabulário sem saberes ao certo para que servem.

Química Geral (6.0 ECTS) - Para quem teve Química no Secundário, esta cadeira não é muito mais que uma revisão aprofundada da matéria. Se não tiveste, olha, estuda e aguenta-te à bronca, já que esta é a única cadeira de Química que vais ter ao longo de todo o curso. Até porque, sinceramente, isto não serve para nada.

ECA (1.5 ECTS) - A bela da introdução à Engenharia Civil. Aqui poderás contactar pela primeira vez com as mais ilustres figuras da Engenharia Civil do IST. Eles irão explicar-te em que áreas se divide o curso e o que é, de facto, a Engenharia Civil. Se estiveres interessado, pode ser a cadeira mais interessante deste semestre. Se não, vai almoçar mais cedo.

Desenho Técnico (4.5 ECTS) - É uma cadeira acessível para quem tem uma mínima vocação para o desenho. Quem não tem, ter-se-á de safar de alguma forma. Requer uma certa dose de visão espacial e afinidade com o lápis (já que o uso de régua não é autorizado). São talvez as aulas mais descontraídas do semestre.

Divirtam-se!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Reportagem #03

Rescaldo do dia 3 — Desfile

Mais uma vez, os alunos do IST marcharam em peso pela Avenida Almirante Reis, naquele que é o emblemático desfile do caloiro. Para a CPMEC, a tarde começou no jardim de Civil, onde as turmas se foram perfilando, vestidos a rigor os novos alunos com a t-shirt do caloiro e o habitual capacete, e os veteranos com o traje académico. Agrupadas todas as turmas, foi altura dos caloiros escolherem os seus padrinhos de entre todos os elementos da Comissão. A esta hora, os primeiros cursos já se alinhavam no topo da Alameda, prontos para dar início ao desfile. Ouvidas as recomendações do Governo Civil através da direcção da CPMEC, o curso de Civil fez-se a caminho num ambiente de grande entusiasmo. De tal forma que, ainda o desfile não tinha saído do campus do IST, e já diversos cursos entoavam cânticos e lançavam despiques entre si. A festa cresceu à medida que o desfile ia avançando. Entre gritos, serenatas, cânticos e provocações, veteranos de diversos anos uniram as suas vozes aos caloiros para tentar fazer do seu curso o mais rudioso. O desfile terminou, como é hábito, no Rossio, onde os novos alunos foram baptizados com o auxílio do indispensável capacete. A festa continuou até ao pôr do sol, num ambiente de alegre convívio entre novos e velhos alunos, provando que a Praxe mais não faz que integrar os caloiros no espírito do Curso e dessa grande instituição que é o IST. Missão cumprida!

Fotografias para breve.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Reportagem #02

Rescaldo do dia 2 — Olimpíadas do Caloiro

E, ao segundo dia de praxes, o jardim do Arco do Cego encheu-se para a 2ª edição das Olimpíadas do Caloiro. Num ambiente de descontracção e alegria, os novos alunos disputaram mais de uma dezena de modalidades relacionadas directa ou indirectamente com a Engenharia Civil. Entre as provas incluiu-se, por exemplo, o já tradicional lançamento do tijolo, uma prova de corrida em carrinhos de mão, um concurso de «piropos à trolha» e até uma prova de «tiro ao arquitecto» [1]. Assim sendo, depois de um almoço com elementos da CPMEC, as diversas turmas encaminharam-se para o improvisado Estádio Olímpico do Arco do Cego, seguindo-se a elaborada cerimónia de abertura, ao longo do qual desfilaram todas as turmas, com direito a entoar o respectivo hino. Iniciados os Jogos, caloiros e respectivos vogais uniram forças para ultrapassar variados obstáculos, tendo sempre como objectivo as três medalhas finais, atribuídas no jantar da CPMEC. Assim se passou uma tarde memorável, com nota para o entrosamento dos novos alunos, prova do ambiente de camaradagem que caracteriza o curso de Civil.

Fotografias para breve.

[1] Nenhum arquitecto foi ameaçado ou magoado durante a realização das Olimpíadas.

Reportagem #01

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Rescaldo do dia 1 — Peddy-Paper

Como a tradição ainda é o que era, o tempo nublado deu lugar, no primeiro dia de Praxe, a um sol radioso e pouco confortável para quem veste o Traje Académico. E já que falamos de tradição, o primeiro dia foi dedicado ao habitual Peddy-Paper organizado pela CPMEC, com o objectivo de dar a conhecer aos novos alunos o campus da sua nova escola. Após o (também) tradicional almoço na cantina do pavilhão de Civil — onde os novos alunos tiveram o primeiro contacto com os vogais responsáveis pela condução de cada turma do primeiro ano —, os caloiros foram acompanhados a uma sessão de esclarecimento promovida pela Direcção do IST, no Salão Nobre do Pavilhão Central. Seguiu-se o já referido Peddy-Paper, que desta vez incluiu também estações fora do IST, com o objectivo de dar a conhecer aos caloiros as imediações do Técnico. Ao longo de várias paragens, foram testados os conhecimentos de engenharia dos novos alunos, entre outras provas que estimularam a criatividade e a imaginação dos caloiros, sempre no agradável espírito de camaradagem que caracteriza a Praxe da CPMEC.

Fotografias para breve.

Semana do Caloiro AEIST


A AEIST está a organizar a Semana do Caloiro da AEIST. Todos os dias, festas no Bar da AEIST ao lado do campo de futebol. Bebidas a preços académicos, promoções e muita animação! Aparece!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Rescaldo do dia 0 — Inscrições

Não teve o encanto de anos anteriores, em que os corredores do Pavilhão Central se enchiam de veteranos e caloiros em alegre convívio, mas mesmo assim foi um dia em grande. A pretexto de um plano de contingência da gripe A, a direcção do Técnico proibiu a Praxe nos corredores das inscrições. A decisão foi má para todas as partes, mas principalmente para os novos alunos, que foram obrigados a aguardar várias horas (chegou às 6 horas de espera!) numa fila interminável sem sequer poder conhecer os colegas mais velhos (não fossem estes portadores do infame vírus). Mesmo assim, a CPMEC tentou contornar o problema, montando um autêntico cerco ao Pavilhão Central. Um cerco que durou o dia todo, à medida que os caloiros terminavam a sua inscrição. E a receptividade dos novos alunos foi extraordinária! Após receberem um panfleto explicativo com os principais objectivos da Praxe da CPMEC e uma agenda das actividades da próxima semana, os caloiros mostraram grande interesse em participar nas Praxes de Civil. Da mesma forma, muitos familiares dos alunos recém-chegados aprovaram a recepção promovida do CPMEC. A Praxe está lançada.

Fotografias para breve.

Queremos que sejas um de nós!


Este panfleto foi distribuído a todos os caloiros de Civil presentes na fila das inscrições.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Assim se vê a força... da CPMEC


Mais de uma centena de alunos encheram ontem o anfiteatro onde decorreu a primeira reunião da CPMEC no ano lectivo 2009/2010. Uma enorme afluência que demonstra o sucesso das Praxes promovidas pela CPMEC. Ao longo da reunião, os alunos de diversos anos interessados em colaborar na recepção aos caloiros puderam escutar as orientações da direcção para que as Praxes decorram da forma mais organizada possível. Foi também apresentado o plano de actividades previsto para a próxima semana. A máquina da CPMEC começa a trabalhar a todo o vapor... mas sempre com muito requinte, é claro!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Para os novos alunos

A Praxe tem como principais objectivos receber condignamente os alunos recém-chegados, integrando-os da melhor forma no Curso e na Instituição, incutindo as regras básicas do bom comportamento e da Tradição Académica. Para que as praxes decorram na maior normalidade possível, existe desde 2006 no curso de Civil uma Comissão organizada, regida por um Código de Praxe. A praxe NÃO tem qualquer propósito violento ou humilhante, tendo o caloiro o direito (e o dever) de denunciar qualquer abuso de que tenha sido vítima.

A Praxe é um período de convívio em que o aluno recém-chegado, para além de se divertir, tem hipótese de conhecer os novos colegas e aprender com a experiência dos alunos mais velhos.

A Tradição Académica enquadra-se na perspectiva de que a Universidade não deve ser apenas um simples local de estudo e avaliações. Ultrapassando a simples aquisição de competências, o papel do estudante deve ter uma componente adicional que o torne herdeiro de uma longa e valiosa linhagem de rituais, integrando-o verdadeiramente no Curso e no ambiente universitário. Questionar a Tradição Académica é questionar o próprio estatuto do estudante, é querer reduzi-lo à impessoalidade de um mero número.

Estamos a preparar uma grande recepção fora do período de aulas. Não deixes escapar esta oportunidade. Liberta já a tua agenda!
Está a chegar uma semana inesquecível que não vais querer perder!

sábado, 12 de setembro de 2009

Perguntas (mais) frequentes

Pergunta: A praxe é má?
Resposta: A praxe tem como objectivos principais receber condignamente os alunos recém-chegados, integrando-os no Curso e na Instituição e incutindo as regras básicas do bom comportamento e da Tradição Académica. Como tal, a praxe não deve ter qualquer propósito violento ou humilhante, tendo o caloiro o direito (e o dever) de denunciar qualquer abuso de que tenha sido vítima. No fundo, a praxe é um período de festa em que o aluno recém-chegado, para além de se divertir, tem hipótese de conhecer os novos colegas e aprender com a experiência dos alunos mais velhos.

Pergunta: O caloiro pode ser praxado por qualquer um?
Resposta: Não. O caloiro só pode ser praxado por membros da Comissão de Praxe (CPMEC), devidamente identificados, ou por colaboradores, desde que acompanhados por efectivos da Comissão. Como tal, o caloiro NÃO PODE ser praxado por alunos de outros cursos nem por alunos de Engenharia Civil que não estejam identificados ou acompanhados por membros da Comissão de Praxe. Estas restrições não servem para tornar a praxe um exclusivo da Comissão, mas sim para tentar evitar que os caloiros sejam desviados para outras rotas e actividades que nada têm a ver com a organização oficial. O que é uma falta de respeito para com o trabalho da Comissão e dos seus colaboradores.

Pergunta: O caloiro pode recusar ser praxado?
Resposta: Pode, declarando-se "anti-praxe". Fica desde logo impedido de participar, assistir ou colaborar em qualquer actividade que tenha a ver com praxe durante todo o tempo em que seja aluno do IST. Para além disso, a recusa da praxe é um enorme desrespeito para com todos os alunos que abdicam do seu tempo livre planeando e realizando actividades para que os recém-chegados sejam integrados da melhor maneira.

Pergunta: É preciso faltar às aulas para ser praxado?
Resposta: Não. Os eventos de praxe são planeados de forma a não coincidirem com o horário de aulas dos caloiros.

Retirado do sítio da CPMEC.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Quem somos?

A Comissão de Praxe do Mestrado em Engenharia Civil (CPMEC) tem como objectivo receber e integrar os novos alunos do curso de Engenharia Civil do Instituto Superior Técnico (IST).

A Comissão de Praxe foi criada no início do ano lectivo 2006/2007. Até esse momento não existia qualquer entidade organizada que zelasse oficialmente pela manutenção da Tradição Académica, mesmo tratando-se de um dos mais antigos e numerosos cursos do IST. Para que a recepção aos caloiros do curso de Engenharia Civil fosse a mais bem organizada e memorável possível, um grupo de alunos juntou-se para formar pela primeira vez uma Comissão de Praxe.

A comissão teve, como objectivo inicial, a preocupação em definir um Código de Praxe, de modo a regulamentar toda a actividade de praxe, evitando os abusos quer por parte dos caloiros quer, principalmente, por parte dos veteranos.

Desde a sua criação, a CPMEC tem feito um trabalho extraordinário em defesa da Praxe e da Tradição Académica. Ao longo da sua existência a CPMEC nunca foi alvo de uma única queixa, evoluindo de forma notável e dispondo actualmente de uma organização a todos os níveis invejável. Para além de receber continuamente o reconhecimento e a aprovação dos mais variados intervenientes do IST (seja por parte de funcionários, NAPE, AEIST ou dos próprios docentes), a CPMEC consegue reunir frequentemente nas suas reuniões e actividades mais de uma centena de alunos. Alunos esses que abdicam do seu tempo livre (e muitas vezes das próprias aulas) para preparar a semana de Praxe, tão especial para os que ingressam pela primeira vez no IST.

Retirado do sítio da CPMEC.

O Instituto

O Instituto Superior Técnico tem como missão contribuir para o desenvolvimento da sociedade, promovendo um ensino superior de qualidade nas áreas de Engenharia, Arquitectura, Ciência e Tecnologia, nas vertentes de graduação, pós-graduação e formação ao longo da vida, e desenvolvendo actividades de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (ID&I), essenciais para o progresso do conhecimento, e para ministrar um ensino ao nível dos mais elevados padrões internacionais.


Mensagem do Presidente

Fundado em 1911, o Instituto Superior Técnico distingue-se pela sua influência nacional e reconhecimento internacional. A Escola forma profissionais altamente qualificados que, há quase 100 anos, contribuem de forma decisiva para o desenvolvimento social e económico de Portugal. O Técnico oferece cursos de primeiro e de segundo ciclos, assim como Mestrados Integrados, em quase todas as áreas de Engenharia, Arquitectura, Ciência e Tecnologia, caracterizados por uma sólida formação de base e aposta na formação avançada, investigação e inovação. Apresenta ainda uma oferta única no país de programas de Doutoramento.

No contexto de uma economia global cada vez mais baseada no conhecimento, a internacionalização é indissociável do IST de hoje, reflectindo-se numa ampla participação em programas internacionais de Investigação e Desenvolvimento e na oferta de programas de Mestrado e Doutoramento em parceria com escolas internacionais de referência.

Com uma “Cultura de Escola” muito própria, baseada na exigência de qualidade e no rigor, aspirando a um desempenho comparável aos mais exigentes padrões internacionais, o Técnico é uma Grande Escola do século XXI, ao serviço de Portugal. Todos nós, professores, funcionários e alunos do Técnico, temos a responsabilidade de dedicar o melhor da nossa competência e do nosso esforço para que esta “cultura” se cumpra.

O sucesso do IST deve-se aos seus mais de 10.000 alunos, ao seu corpo docente e de investigadores altamente qualificado, que inclui mais de 1000 doutorados, aos 650 funcionários e a todos os que aqui trabalharam e estudaram. É nossa obrigação continuar o sucesso do Técnico, reforçando a qualidade do Ensino e da Investigação que aqui se realiza, promovendo a transferência de tecnologia, a ligação à sociedade e o estímulo ao empreendedorismo de base tecnológica.

António Cruz Serra


Retirado do sítio do IST.

Olá Mundo!

A partir de hoje, está aberto o blogue da Comissão de Praxe do Mestrado em Engenharia Civil (CPMEC) do Instituto Superior Técnico (IST). O objectivo deste projecto passa por acompanhar diariamente e da forma mais próxima a realização das praxes académicas, disponibilizando toda a informação possível. Vamos a isso!